sábado, 11 de agosto de 2012

Na estrada de ferro

Caminhando sobre uma perigosa estrada de ferro
encontrei um bezerro aos berros.

Ele estava deitado e seu corpo tremia de medo
me aproximei lentamente e sentei ao seu lado.

Aos poucos o seu choro diminuiu e ele ficou quieto
eu não disse nada porque não queria ser indiscreto.

Seus olhos de jabuticaba apontavam um caminho
mas deu pra perceber a sua preocupação em seguir sozinho.

Estendi a minha mão e ofereci como apoio
era nítido que ele tinha se perdido do seu comboio.

O bezerro se levantou sem forças, deu dois passos e caiu desmaiado
sem pensar duas vezes, o coloque nos meus braços e segui entusiasmado.

Após horas de caminhada e totalmente adinâmico
avistei na beira da estrada de ferro os parentes do bezerro em pânico.

Eles se aproximaram, tiraram o bezerro dos meus braços
e me empurraram até eu cair nos trilhos de aço.

Viraram as costas e sumiram no infinito
mas mesmo assim, tudo aquilo fez sentido.



Moral da estória: Ajude o próximo sem esperar nada em troca.

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